Entenda como furacão e COVID-19 interferem no destino de um navio tombado com 4.000 carros zero km!

Por que tombou?

Um princípio de incêndio é a mais provável suspeita da causa do acidente com o navio, que, no entanto, ainda está sendo investigado, com finalização do inquérito prevista para setembro. Outra possibilidade é que tenha havido falha da tripulação ao manusear as válvulas que enchem os tanques de lastro, responsáveis pela estabilidade do casco, ou que o acesso por onde entram os automóveis nesse tipo de navio não tenha fechado completamente, gerando uma inundação e perda de estabilidade, e o que teria levado o comandante do navio a propositalmente encalhá-lo em águas rasas para não afundar.


COVID-19 e a temporada de furacões

A embarcação tem quase 200 metros de comprimento e altura de um prédio de sete andares, com isso, a retirada do navio gigante e da respectiva carga deve começar cerca de um ano após o naufrágio através do fatiamento do mesmo em 8 grandes pedaços. Após ser fatiado, as oito partes do MV Golden Ray serão transportadas em barcaças até um estaleiro, onde o navio será remontado e recuperado, voltando a ativa.

Porém, o comando das equipes encarregadas da operação decidiram por adiá-la por mais dois meses a operação devido à pandemia de COVID-19 e devido ao temor de que um novo furacão venha a movimentar o navio a qualquer momento.

Até o momento pelo menos dez trabalhadores da Guarda Costeira Americana testaram positivo para a COVID-19, de um total de aproximadamente 300 funcionários. E mais de 50 que tiveram contato com pessoas contaminadas foram colocados em quarentena.

Enquanto isso, a máquina VB-10.000, que será usada para fatiar o navio com os veículos no seu interior, permanece ancorada no porto à espera do início dos trabalhos.


Qual será o destino dos carros?

Os veículos das marcas Hyundai e Kia continuam dentro do navio e muito possivelmente serão destruídos, mesmo aqueles que não foram danificados no acidente nem inundados pelo mar. Isso porque, para poder ser removido, o navio terá que ser cortado em pedaços.

Estima-se, inclusive, que haja incêndios durante o processo, por conta do atrito das correntes contra o metal e da presença de fluidos inflamáveis nos carros, como gasolina e lubrificantes. A Hyundai Glovis informa que vai tentar salvar quantos veículos for possível, embora a maior parte deva ser transformada em sucata para reciclagem.

Segundo a empresa de seguros responsável pelo caso, só os automóveis valem cerca de 80 milhões de dólares.


Imagem: NOAA

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