Indústria do aço enfrenta retração interna, mas ganha novo fôlego com redução de tarifas nos EUA

     As importações brasileiras de aço registraram queda pelo segundo mês consecutivo, após sete altas seguidas, segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABr). Em setembro, o país importou 446 mil toneladas, uma retração de 31,9% em relação ao mesmo período de 2024. O recuo reflete a desaceleração do mercado interno e a pressão por medidas de defesa comercial, especialmente diante da concorrência com o aço chinês, cuja participação nas compras brasileiras já ultrapassa 60%.
     Apesar da redução recente, o volume acumulado de importações entre janeiro e setembro ainda é 9,7% maior que o do mesmo período do ano passado, somando 5,1 milhões de toneladas, o maior resultado desde 2013. Enquanto isso, as siderúrgicas nacionais enfrentam cortes de pessoal e investimentos, em meio à queda da produção de aço bruto, que recuou 3,2% em setembro.

     Em meio a esse cenário de pressão interna, uma boa notícia vem do mercado internacional, o governo dos Estados Unidos anunciou a redução da tarifa de 50% para 25% sobre produtos brasileiros que contenham aço e alumínio. A medida representa um alívio estimado de US$ 2,6 bilhões para a indústria nacional e aumenta a competitividade dos exportadores brasileiros.

     Com a nova alíquota, o Brasil ganha maior acesso ao mercado norte-americano, melhora suas margens de exportação e cria novas oportunidades de contratos internacionais. Em um momento de ajustes no mercado interno, a redução das tarifas norte-americanas pode se tornar um importante impulso para a retomada das exportações e o fortalecimento da presença global da indústria brasileira.

FONTE: Diário do Comércio Importações de aço caem pelo 2º mês consecutivo, após sete altas


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