Exportadores brasileiros de carne bovina estão em alerta com a possibilidade de os Estados Unidos aplicarem uma tarifa de 50% sobre o produto a partir de 1º de agosto. A medida pode comprometer cargas já em trânsito ou prontas para embarque, somando cerca de 30 mil toneladas, o equivalente a mais de US$ 150 milhões em exportações ameaçadas.
A situação foi discutida na última terça-feira (15) em reunião entre representantes do agronegócio, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Agricultura. Na ocasião, o presidente da Abiec, Roberto Perosa, reforçou que a taxação coloca em risco contratos já firmados e inviabiliza economicamente a venda para o mercado norte-americano. Ele sugeriu a prorrogação do prazo para que o setor tenha tempo de se adequar.
Os Estados Unidos são atualmente o segundo maior destino da carne bovina brasileira. Apenas no primeiro semestre de 2024, foram exportadas 181 mil toneladas, sem contar os lotes que ainda estão nos portos ou em alto-mar.
Diante desse cenário, o setor produtivo espera que o governo brasileiro intensifique as negociações diplomáticas para evitar prejuízos bilionários e assim preservar o mercado estratégico de carnes.