
As projeções para 2026 apontam para um cenário de caminhos distintos entre as principais proteínas animais brasileiras. Enquanto o setor de frango deve enfrentar maior competição internacional devido ao avanço da produção em mercados como Estados Unidos e União Europeia, as exportações brasileiras continuam se destacando pelo ambiente sanitário mais estável. Mesmo com preços pressionados globalmente, o Brasil tende a manter o ritmo firme dos embarques, reforçando o papel do mercado externo como válvula de escape para a oferta crescente no país.
Na contramão da avicultura, a carne suína desponta como a proteína com maior potencial de expansão na próxima década. Analistas projetam que o Brasil avance entre 3,5% e 7% ao ano em exportações até 2030, desempenho que pode consolidar o país entre os maiores fornecedores globais. A abertura de novos mercados e a competitividade da produção nacional fortalecem essa tendência, reforçando o protagonismo da suinocultura nas estratégias do agronegócio brasileiro.
No consumo doméstico, o cenário também é favorável para aves e suínos. A expectativa de menor oferta de carne bovina em 2026 tende a impulsionar a demanda interna por proteínas mais acessíveis, estimulando a migração do consumidor para frango e suíno. Assim, mesmo em um ambiente global desafiador, os dois setores encontram oportunidades, seja no avanço das exportações, seja no aumento do consumo interno.