
O setor brasileiro de cacau recebeu com entusiasmo a recente decisão dos Estados Unidos de retirar todas as tarifas adicionais aplicadas aos derivados nacionais. A medida, oficializada em 20 de novembro de 2025, encerra um período de incertezas comerciais e restabelece as condições vigentes antes da imposição das cobranças extras. Com isso, manteiga, líquor, pó e demais derivados voltam a entrar no mercado norte-americano sem sobretaxas, devolvendo competitividade à indústria brasileira de processamento.
Apesar do avanço significativo, especialistas do setor alertam que a retomada do fluxo comercial será gradual. Desde o início da disputa tarifária, exportadores enfrentaram suspensão de contratos, renegociações e ajustes logísticos por parte de importadores dos EUA, que aguardavam estabilidade regulatória. Com a normalização das regras, a expectativa é de que o mercado retome o ritmo nos próximos meses, conforme novos contratos forem firmados e as operações industriais recuperarem previsibilidade.
A decisão também evidencia o impacto positivo da articulação diplomática brasileira, que atuou de forma integrada para assegurar a relevância estratégica da cadeia do cacau no comércio bilateral. Para a indústria nacional, o fim das tarifas não apenas sinaliza confiança internacional, mas também abre espaço para reequilibrar a capacidade produtiva, preservar empregos e fortalecer a posição do Brasil como fornecedor de derivados de alto valor agregado no cenário global.