
Brasil e China reforçaram sua parceria para liderar o debate sobre a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), em um momento marcado pelo avanço de medidas unilaterais e protecionistas no cenário global. Durante reuniões no Conselho Geral da entidade, ambos os países defenderam a necessidade de modernizar as regras do comércio internacional e restaurar a confiança no sistema multilateral, hoje enfraquecido por disputas tarifárias e impasses institucionais.
O Brasil tem reiterado sobre refundar a OMC em bases modernas e flexíveis, apontando que práticas unilaterais, como as tarifas impostas recentemente pelos Estados Unidos, desestabilizam cadeias globais e comprometem o crescimento econômico. A China, por sua vez, destacou seu papel como “grande país em desenvolvimento responsável” e afirmou que não buscará novos benefícios de tratamento especial nas negociações futuras, reforçando seu compromisso com o fortalecimento do comércio global baseado em regras.
A proposta de reforma da OMC ganha força entre países emergentes e desenvolvidos que veem no atual sistema um modelo esgotado. A meta é reconstruir a governança do comércio internacional, tornando-a mais adaptável aos desafios contemporâneos, como a digitalização, as novas políticas industriais e as tensões geopolíticas. Entre as ideias em discussão estão a reativação do mecanismo de solução de controvérsias e a criação de coalizões flexíveis de países com interesses convergentes.
Diante de um cenário de incertezas, Brasil e China emergem como protagonistas na tentativa de reequilibrar as relações comerciais globais. O sucesso dessas negociações poderá definir o futuro do multilateralismo e o papel da OMC como guardiã de um comércio internacional mais justo, previsível e cooperativo.
FONTE: Brasil e China tentam impulsionar a reforma na OMC - DatamarNews